domingo, 18 de abril de 2021

Mandamentos do Padre Cicero Romao Batista, de Juazeiro do Norte/CE

Os 10 Mandamentos do Padre Cícero 1 - Não derrube o mato. Nem mesmo um só pé de pau. 2 - Não toque fogo no roçado. Nem na caatinga. 3 - Não cace mais. Deixe os bichos viverem em paz. 4 - Não crie o boi nem o bode soltos. Faça cercados. Deixe o pasto descansar para se refazer. 5 - Não plante de serra acima. Nem faça roçado em ladeira muito em pé. Deixe o mato protegendo a terra, para que a água não arraste a sua riqueza. 6 - Faça uma cisterna no oitão de sua casa, para guardar a água da chuva. 7 - Represe os riachos, de 100 em 100 metros, ainda que seja com pedra solta. 8 - Plante cada dia pelo menos uma árvore. Um pé de caju, de sabiá, ou qualquer outra. Até que o sertão todo seja uma mata só. 9 - Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, tais como a maniçoba, a favela, a jurema, e tantas outras. Elas podem ajudar você a conviver com a seca. 10 - Se obedecer esses preceitos, a seca vai se acabando aos poucos. O gado vai melhorando e o povo terá sempre o que comer. Se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só. (extraído de anúncio do Banco do Nordeste).

Igreja de Nossa Senhora da Guia/Paraiba

Igreja de Nossa Senhora da Guia - A Igreja de Nossa Senhora da Guia localiza-se no município de Lucena, na Paraíba. No local realiza-se anualmente a «Festa da Guia», um festejo com partes profana e religiosa, envolvendo toda a comunidade local. Sua fundação é obra dos frades Carmelitas, religiosos que pertenciam à Ordem de Nossa Senhora do Carmo, que chegaram à Paraíba em 1591, tendo um papel importante na catequização dos indígenas locais. Foi iniciada em fins do século XVI, passando depois por fases de construção e acabamento. No livro O Barroco na Paraíba: Arte, Religião e Conquista pode-se ler: (...) Erguida num ponto estratégico, do qual se tem, até hoje, uma visão privilegiada de toda foz do rio Paraíba (...) o local onde foi edificado o templo se situava numa área próxima a um aldeamento indígena, cuja conversão e catequese se constituíam num dos principais objetivos dos carmelitas, já que essas eram algumas das condições pelas quais a Coroa Portuguesa doava terras às ordens religiosas. Ora, era muito mais importante que se 'amansassem' os silvícolas, disponibilizando-os para o trabalho nos engenhos de açúcar, do que, efetivamente, se convertesse aquelas almas para o evangelho. Na época das invasões holandesas à Paraíba (1634–1654) os neerlandeses transferiram índios das localidades de Pontal e Jacuípe para a Guia, mas, não se adaptando, os autóctones abandonaram o local assim que puderam. Já em 1877, a igreja e seu entorno foram transformados em uma colônia para retirantes do sertão. A igreja localiza-se estrategicamente em cima de um platô a menos de um quilômetro de distância da foz do rio Soé, no município de Lucena, não muito distante do distrito de Costinha. O acesso se dá de barco, a partir de Cabedelo, ou pelas rodovias estaduais PB-008, PB-025 e PB-019, via Lucena. A igreja foi construída em estilo denominado barroco tropical e apresenta em sua fachada desenhos extravagantes, como as figuras popularmente conhecidas como «anjos deformados». Há também em profusão na fachada frutos tropicais, coroas, cetros, armas do Império Colonial Português, entre outros motivos, como uma caveira em pedra calcária. É um dos mais representativos monumentos da arquitetura colonial na Paraíba, e é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP) desde 16 de maio de 1949. Segundo o historiador Percival Tirapeli, a Guia é a igreja que contém maior altar construído em pedra calcária do Brasil. Curiosidade - em frente ao pátio da bela Igreja há uma grande área utilizada como cemitério. (Fonte - Google)