segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Comemorando meu niver em 2010 com as amigas

Poema

Poema da Gratidão
Senhor Jesus, muito obrigado! / Pelo ar que nos dás, / Pelo pão que nos deste, / Pela roupa que nos veste, / Pela alegria que possuímos, / Por tudo de que nos nutrimos. / Muito obrigado pela beleza da paisagem, / Pelas aves que voam no céu de anil, / Pelas Tuas dádivas mil! / Muito obrigado, Senhor! / Pelos olhos que temos…/ Olhos que vêm o céu, / Que vêm a terra e o mar, / Que contemplam toda beleza! / Olhos que se iluminam de amor / Ante o majestoso festival de cor / Da generosa Natureza! / E os que perderam a visão? / Deixa-me rogar por eles / Ao Teu nobre Coração! / Eu sei que depois desta vida, / Além da morte, / Voltarão a ver com alegria incontida… / Muito obrigado pelos ouvidos meus, / Pelos ouvidos que me foram dados por Deus. / Obrigado, Senhor, porque posso escutar / O Teu nome sublime, e, assim, posso amar. / Obrigado pelos ouvidos que registam: / A sinfonia da vida, / No trabalho, na dor, na lida…/ O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro, / As lágrimas doridas do mundo inteiro / E a voz longínqua do cancioneiro… / E os que perderam a faculdade de escutar? / Deixa-me por eles rogar…/ Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar. / Obrigada, pela minha voz. / Mas também pela voz que ama, / Pela voz que canta, / Pela voz que ajuda, / Pela voz que socorre, / Pela voz que ensina, / Pela voz que ilumina… / E pela voz que fala de amor, / Obrigado, Senhor! / Recordo-me, sofrendo, daqueles / Que perderam o dom de falar / E o teu nome sequer podem pronunciar!… / Os que vivem atormentados na afasia / E não podem cantar nem à noite, nem ao dia… / Eu suplico por eles / Sabendo que mais tarde, / No Teu Reino, voltarão a falar. / Obrigado, Senhor, por estas mãos, que são minhas ´/ Alavancas do amor, do progresso, da redenção. / Agradeço pelas mãos que acenam adeuses, / Pelas mãos que fazem ternura, / E que socorrem na amargura; / Pelas mãos que acarinham, / Pelas mãos que elaboram as leis / E pelas que as feridas cicatrizam / Retificando as carnes partidas, / A fim de diminuírem as dores de muitas vidas! / Pelas mãos que trabalham o solo, / Que amparam o sofrimento estancam lágrimas, / Pelas mãos que ajudam os que sofrem, / Os que padecem… / Pelas mãos que brilham nestes traços, / Como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços! / … E pelos pés que me levam a marchar, / Ereto, firme a caminhar, / Pés da renúncia que seguem / Humildes e nobres sem reclamar. / E os que estão amputados, os aleijados, / Os feridos e os deformados, / Os que estão retidos na expiação / Por crimes praticados noutra encarnação, / Eu rogo por eles e posso afirmar / Que no Teu Reino, após a lida / Desta dolorosa vida, / Poderão bailar / E em transportes sublimes / Com os seus braços também afagar. / Sei que lá tudo é possível / Quando Tu queres ofertar, / Mesmo o que na Terra parece incrível! / Obrigado, Senhor, pelo meu lar, / O recanto de paz ou escola de amor, / A mansão de glória / Ou pequeno quartinho, / O palácio ou tapera, / O tugúrio ou a casa de miséria! / Obrigado, Senhor, / Pelo amor que eu tenho e / Pelo lar que é meu… / Mas, se eu sequer / Nem um lar tiver / Ou teto amigo para me abrigar / Nem outra coisa para me confortar, / Se eu não possuir nada, / Senão as estrelas e as estradas, / Como sendo o leito de repouso / E o suave lençol, / E ao meu lado ninguém existir, / Vivendo e chorando sozinho ao léu…/ Sem um alguém para me consolar / Direi, cantarei, ainda: / Obrigado, Senhor, porque te amo / E sei que me amas, / Porque me deste a vida/ Jovial, alegre, por Teu amor favorecida…/ Obrigada, Senhor, porque nasci, / Obrigado, porque creio em Ti. / … E porque me socorres com amor, / Hoje e sempre, / Obrigado, Senhor!
(Poema de Amélia Rodrigues, psicografado pelo médium baiano Divaldo Pereira Franco)
(Fonte - Internet)