segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Cajueiro de Pirangi/RN, o maior do mundo

O cajueiro de Pirangi é uma árvore cuja copa cobre uma área de 8500 m² e produz cerca de 80 mil cajus na safra, de setembro a dezembro, o equivalente a 2,5 toneladas. Localizado na praia de Pirangi do Norte, município de Parnamirim, a 12 km ao sul de Natal, capital do Rio Grande do Norte, o cajueiro foi inscrito no Guiness Book (O Livro dos Recordes), em 1994, como o maior cajueiro do mundo. Com tamanho equivalente a mais de 70 cajueiros, consta que a sementinha que continha uma anomalia genética e que se transformou nesse fenômeno no sertão nordestino, foi plantado em 1888 por um pescador chamado Luís Inácio de Oliveira, que morreu aos 93 anos de idade, após repassar a propriedade da área por doação ao governo potiguar. O Parque Ecológico do Maior Cajueiro do Mundo tem na árvore gigante a maior atração dessa rota turística, que inclui bons hotéis e restaurantes, passeios pelas piscinas naturais, trilhas ecológicas e lagoas, constituindo-se em importante fonte de desenvolvimento socioeconômico para a população local. O local é freqüentado diariamente por turistas que observam a árvore utilizando um mirante erguido no próprio local, de onde se tem uma visão panorâmica da imensidão do cajueiro e da beleza da praia de Pirangi do Norte. Na época da safra, os visitantes saboreiam a fruta (gratuitamente) enquanto recebem informação dos guias e, durante todo o ano, podem caminhar sob a sombra da frondosa da árvore, andando sobre as trilhas de madeira, conhecer os imensos, velhos e novos troncos da árvore centenária, além de apreciar muitos e lindos macaquinhos pulando de galho em galho. A associação de moradores do local cobra ingresso e explora a feirinha, contendo mais de 30 lojas, vendendo artesanato típico e produtos utilizando a fruta e a castanha cozida e prensada, como doces, paçoca, cajuína, sucos e doces. O crescimento exagerado do famoso cajueiro é explicado como sendo a conjunção de duas anomalias genéticas: a primeira ocorre porque ao invés de crescer para cima, os galhos da árvore crescem para os lados; com o tempo e por causa do peso, os galhos se curvam para baixo, até tocar o solo. Quando isso ocorre os galhos criam raízes, que podem chegar a 10m de profundidade, e começam crescer novamente, como se fossem troncos de árvore nova. É, pois, a segunda anomalia.
E o cajueiro continua crescendo.
Impasse
O cajueiro, de tão grande, está invadindo as ruas e dificultando o transito da Rota do Sol, principal via de acesso ao litoral sul; além disso, os moradores temem que a árvore avance em direção às residências.
Podar ou não podar o maior ponto turístico da cidade: eis a questão
Os contrários defendem que com a podagem, o cajueiro poderá até morrer, causando prejuízos a natureza e ao turismo do estado, enquanto os defensores advogam a tese de que o transito iria fluir melhor, acabando os constantes congestionamentos, além de trazer tranqüilidade aos moradores vizinhos. Se me perguntassem diria que, como entendo que deve existir equilíbrio entre o homem e a natureza, ou se desapropria a área vizinha para que o cajueiro continue a crescer normalmente ou se faça uma poda de modo que o cajueiro não sofra qualquer prejuízo e a população fique satisfeita.
Socorro e seus filhotes Fátima e Gabriel, Sabrina e eu visitamos a maior e mais linda árvore frutífera do mundo.