segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Parabéns, Djavan, Feliz niver. Vc é o show!

Famíliares e amigos em Fortal


Filosofia de vida: “Tristeza não traz riqueza”

Aos 110 anos, dona Meruoca ensina e a arte de colher alegrias

Com lucidez e sorriso aberto, dona Meruoca celebra os 110 anos de idade encontrando a felicidade nos momentos mais prosaicos. Principalmente ao receber visitas e conversar com os conhecidos no Montese

Dona Meruoca ensina a arte de encontrar a felicidade nas pequenas coisas
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De vez em quando chega alguém com um presente. E ela abre um sorriso largo, dá um abraço e se refere à pessoa dizendo onde mora e de quem é filha. Dona Meruoca não cabe em si de felicidade pela presença dos que festejam o seu aniversário de 110 anos. A idade não lhe tirou a lucidez, as lembranças, a capacidade de se locomover, mesmo que com cuidado, a visão, a audição.
Maria Francisca Meruoca do Nascimento nasceu na cidade que leva no nome: Meruoca, na Região Norte do Estado. O documento de identidade marca o dia primeiro de março de 1904, assim como o CPF, mas ela garante que nasceu mesmo foi no dia 14 de janeiro daquele ano. Por isso os vizinhos e amigos se acostumaram a comemorar a semana inteira o aniversário dela. A pequena casa, na rua Viçosa, no bairro Montese, fica cheia de gente e à noite, todos vão à capela de Santa Teresinha, bem pertinho de lá, para assistir à missa.
“Vou pra capela todas as quartas-feiras (só tem celebrações neste dia na capela) e nos domingos, recebo a comunhão em casa. Sou muito devota da santinha”, diz dona Meruoca. Mas se perguntar se ela pede a Deus para viver mais, diz que não. “Já tá bom né? Não quero mais dá trabalho”, sorri. E o “trabalho” a que ela se refere é mínimo, pois ainda se alimenta sozinha, caminha devagarinho pela casa, mesmo com os cômodos apertados, toma banho sozinha. Conversa e recorda “os bons tempos” em que veio morar em Fortaleza.
“Trabalho desde os 10 anos. Era no roçado, junto com meu pai e meus irmãos. Depois vim pra Fortaleza trabalhar nas casas”, diz baixinho, mas sempre sorrindo. Diz que veio morar na Capital em 1915 e era numa casa na rua Marechal Deodoro (Benfica). Morou também perto da Oficina dos Urubus, na avenida Francisco Sá.
Trabalhava como doméstica, mas o que a deixou famosa pelo bairro e até pelos restaurantes e hotéis da cidade foram os seus doces. “Fazia doces de muitas frutas e vendia. Todo mundo gostava. Vinha gente de todo canto, até de São Paulo para comprar”, recorda a filha Lúcia, a única viva dos oito filhos que teve.
Dona Meruoca diz que nunca estudou, nunca casou e os filhos morreram ainda pequenos. Lúcia mora com a mãe, tem quatro filhos que já deram três bisnetos para dona Meruoca. “E é cada um mais lindo que o outro”, diz a bisavó sorridente.
E doenças? Quais as que lembra? A filha é que relata: “Há uns oito anos, de madrugada, meu filho notou que ela estava tremendo muito e se contorcendo, correu e me chamou. Liguei para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que veio imediatamente e a levamos para o Frotinha de Parangaba. O médico diagnosticou pneumonia e uma anemia profunda”. Ela ficou internada uma semana e tomou quatro bolsas de sangue. Fizeram uma tomografia e foi constatado que ela tinha sofrido acidente vascular cerebral (AVC), mas que não deixou sequelas. “Desse tempo pra cá, não teve mais doenças. O coração funciona muito bem”.
Dona Meruoca escuta tudo com um sorriso e diz que segue uma filosofia de vida: Por isso vive a felicidade que encontra nas pequenas coisas de cada dia. Até há pouco tempo, nos fins de tarde, se arrumava e se perfumava para ficar na calçada da casa cumprimentando, conversando e abençoando os que passavam por lá. E são poucos os que vizinhos e amigos que passam para cumprimentá-la.
Mas como ela queria se levantar sozinha, levou algumas quedas. “Não teve consequências, mas resolvi não deixá-la mais ir pra rua”, diz a filha, com medo, também, da violência.
Agora dona Meruoca se arruma, mas espera as visitas em sua cama, no pequenino quarto. Porém, a alegria é a mesma. Gosta de viver cada momento de felicidade. “O dia de amanhã pertence a Deus, quem sabe se anoiteço e não amanheço? Ele é que sabe”, diz sempre sorrindo. Morte é algo que não assusta mais.

(Fonte – www.opovo.com.br)

Oração da Serenidade

Concedei-me, Senhor a serenidade necessária para aceitar as coisa que não posso modificar;
Coragem para modificar aquelas que posso e
Sabedoria para conhecer a diferença entre elas.
Vivendo um dia de cada vez;
Desfrutando um momento de cada vez;
Aceitando que as dificuldades constituem o caminho à paz;
Aceitando, como Ele aceitou,
Este mundo tal como é, e não como eu queria que fosse;
Confiando que Ele Acertará tudo
Contanto que eu me entregue à Sua vontade;
Para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida
E supremamente Feliz com Ele eternamente na próxima.

(Rinhold Niebuhr)