sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

SAUDADE

Na data de 25 de dezembro de 1995, minha mãe Violeta Cruz, partiu para a eternidade logo após a nossa Ceia de Natal e até hoje a saudade que deixou se mantém latente, imorredoura.
À ela e a todas as Mães que já se foram, minha singela homenagem através da linda poesia "Para Sempre", porque amor de Mãe é imortal! TRISTEZA!

"Para Sempre"

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
(Carlos Drummond de Andrade)