sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

As 10 florestas mais devastadas do planeta

As 10 florestas mais devastadas do planeta
Às 9h30 em Nova York (12h30 no Brasil, horário de Brasília) , no hall da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, representantes da organização instituíram oficialmente que 2011 será o Ano Internacional das Florestas. A iniciativa pretende ao longo do ano, por meio de uma série de eventos, chamar a atenção para a importância dessas áreas, as formas de manejá-las com baixo impacto, conservando-as e ao mesmo tempo permitindo o desenvolvimento dos países. Proposta positiva que contrasta com a situação preocupante de nada menos que as dez principais florestas mais relevantes do mundo por sua biodiversidade – os chamados hotspots. A Mata Atlântica é uma delas, mas a preocupação não é exclusividade dos brasileiros. Paira também sobre a Ásia, a América do Norte, África. Vale, portanto, dar um “mergulho” em cada uma delas. Quem faz essa proposta é a organização Conservação Internacional (CI) que, aproveitando a data de hoje, lançou a lista das dez florestas mais ameaçadas do mundo. Os “hotspots de biodiversidade” são áreas de extrema riqueza biológica, com elevado índice de espécies únicas de animais e plantas, que se encontram altamente degradados e sob risco de desaparecer. No caso dos dez hotspots florestais mais críticos, todos já perderam 90% ou mais de sua cobertura original. Da Mata Atlântica, por exemplo, restam apenas 8% de sua cobertura original. “O Ano Internacional das Florestas deve chamar a atenção do mundo para a necessidade do aumento de proteção das florestas, pela sua vital importância para a conservação da biodiversidade, a estabilização do clima e o desenvolvimento econômico”, afirma Olivier Langrand, diretor de política internacional da CI. Alguns dados para se compreender por que é importante conservar o pouco que resta das florestas do planeta: cobrindo somente 30% do globo, abrigam 80% da biodiversidade mundial. Tal sistema garante o sustento de 1,6 bilhão de pessoas, solos saudáveis, remédios, polinização de lavouras (vale lembrar os problemas enfrentados por produtores do hemisfério norte pelo ainda inexplicável sumiço das abelhas), água doce, além do cada vez mais escasso ar puro. Sem contar seu papel na estabilização do clima. Dois terços de todas as maiores cidades em países em desenvolvimento dependem das florestas em suas cercanias para seu suprimento de água limpa.
Conheça um pouco das paisagens dos 10 Hotsposts Florestais Mais Ameaçados do Mundo
e os problemas que ameaçam sua manutenção:
1 – Regiões da Indo-Birmânia (Ásia-Pacífico)
Os rios da região foram represados para gerar eletricidade, alagando bancos de areia e outros hábitats normalmente expostos durante a estação seca, com impactos severos sobre ninhos de aves e espécies de tartarugas. A conversão de mangues em reservatórios de aquicultura de camarão, a pesca excessiva e o uso de técnicas de pesca destrutiva são também problemas graves para os ecossistemas costeiros e de água doce. Resta 5% do hábitat original.
2 – Nova Zelândia (Oceania)
Nenhum de seus mamíferos, anfíbios ou répteis é encontrado em outro lugar do mundo. Hoje, espécies invasoras representam uma séria ameaça à flora e à fauna das ilhas da Nova Zelândia. Somando-se o impacto da caça e da destruição de hábitats, os últimos duzentos anos foram marcados pela extinção de inúmeras espécies. Resta 5% do hábitat original.
3-Sunda (Indonésia, Malásia e Brunei – Ásia-Pacífico)
O hotspot de Sunda cobre a metade ocidental do arquipélago Indo-Maláio, um arco de cerca de 17 mil ilhas equatoriais, entre as quais as duas maiores ilhas do mundo: Boréo e Sumatra. Suas flora e fauna estão sucumbindo ao crescimento explosivo da indústria florestal e do comércio internacional de animais que consome tigres, macacos e espécies de tartarugas para alimentos e remédios em outros países. A produção de borracha, óleo de dendê e celulose são os três principais fatores que levam à degradação e destruição da biodiversidade de Sunda. Resta 7% do hábitat original.
4 – Filipinas (Ásia-Pacífico)
Historicamente devastadas pela atividade madeireira, os hoje poucos remanescentes estão sendo dizimados pela agricultura e em função da alta taxa de crescimento populacional e severa pobreza rural do país. Mais de 7.100 ilhas estão dentro das fronteiras do hotspot das Filipinas. Resta 7% do hábitat original.
5 – Mata Atlântica (América do Sul)
A Mata Atlântica se estende por toda a costa atlântica brasileira, partes do Paraguai, Argentina e Uruguai, incluindo ilhas oceânicas e o arquipélago de Fernando de Noronha. Começando com o ciclo da cana-de-açúcar, seguido das plantações de café, a região vem sendo desmatada há centenas de anos. Agora, a Mata Atlântica está enfrentando pressão da crescente urbanização e industrialização do Rio de Janeiro e São Paulo. Mais de 100 milhões de pessoas, além da indústria têxtil, agricultura, fazendas de gado e atividade madeireira da região dependem do suprimento de água doce do que resta da floresta. Resta 8% do hábitat original.
6 – Montanhas do Centro-Sul da China (Ásia)
O ameaçado panda gigante (Ailuropoda melanoleuca), que é quase totalmente restrito a essas pequenas florestas, é a bandeira da conservação da região. As atividades ilegais de caça, coleta de lenha e pastagem são algumas das principais ameaças à biodiversidade local. A construção de barragens está sendo planejada em todos os rios principais da floresta, o que deve afetar os ecossistemas e a subsistência de milhões de pessoas. Resta 8% do hábitat original.
7 – Província Florística da Califórnia (América do Norte)
A vasta destruição causada pela agricultura comercial é uma grande ameaça à região, que gera metade de todos os produtos agrícolas utilizados pelos consumidores dos EUA. O hotspot é também fortemente ameaçado pela expansão de áreas urbanas, poluição e construção de estradas, o que tornou a Califórnia um dos quatro estados mais ambientalmente degradados do país. Resta 10% do hábitat original.
8 – Florestas Costeiras da África Oriental (África)
A expansão agrícola continua sendo a maior ameaça para as Florestas Costeiras da África Oriental. Devido à pobre qualidade do solo e a uma tendência de crescimento populacional, a agricultura de subsistência, assim como as fazendas comerciais, continua a consumir recursos naturais da região. Resta 10% do hábitat original.
9 – Madagascar e ilhas do Oceano Índico (África)
Em uma área que é das mais prejudicadas economicamente no mundo, a alta taxa de crescimento populacional está colocando uma enorme pressão sobre o ambiente natural. A agricultura, a caça e a extração não sustentável de madeira, além da mineração em grande e pequena escalas, são ameaças crescentes. Resta 10% do hábitat original.
10 – Florestas de Afromontane (África Oriental)
Assim como na maioria das áreas tropicais, a principal ameaça a essas florestas é a expansão da agricultura, especialmente com grandes plantações de banana, feijão e chá. Outra ameaça relativamente nova, que coincide com o aumento da população, é o crescente mercado de carne. Resta 11% do hábitat original.
(Fonte -epocanegocios.globo.com/Qui, 03 de Fevereiro de 2011/ Leia matéria completa no site http://www.ecosdanoticia.com.br)

Niver do Flávio, proprietário da barraca "América do Sol"/Praia do Futuro