segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Recadinho para o Panelada

Amigo Panelada,
estou muito feliz aproveitando dias maravilhosos na sua terra natal, a Fortaleza bela, berço alencarino de Iracema, a virgem dos lábios de mel, do mar de águas azuladas (às vezes também esverdeadas) e quentes, da lua enorme que parece estar mais próxima de nós, da brisa constante e gelada que dispensa ventilador ou ar condicionado, do povo amigo e mais hospitaleiro desse nosso imenso Brasil. Fortal tem alguns problemas, é certo, mas eles não são privilégios da capital dos cearenses.
Você sabe da minha admiração e do meu carinho por você
, sou fã do seu modo "auto-didata e anarquista" de ser, poeta e cordelista irreverente ao descrever “causos” da vida e contar suas próprias experiências, sua filosofia de vida, críticas, posições políticas, etc. e tal.
Espero que aquela nossa conversa
às vésperas da minha viagem (você, sua esposa, seu filho e eu), lá no velho Mercado Novo, um dia possa se repetir aqui na sua terra natal, para que, com os seus relatos, possa eu absorver suas vivências, conhecimentos e lembranças do menino cearense que um dia aportou no Acre com sua família.
Acredito que nos damos tão bem
porque você é um cearense com o coração acreano e eu sou acreana de berço e coração, mas com alma cearense.
Abração da amiga. Marta Cruz.
Obs:
na foto, Panelada e Washington Aquino, dois nordestinos de nascimento, mas acreanos de coração.
(Fonte foto/Blog do Panelada)

Do blog do meu amigo, o irreverente Panelada

POESIAS DA SEMANA.
No tempo da mocidade
Chamavam-me de garanhão. Hoje o tempo passou Já me falta até visão. Não consigo mais mijar. E até pra levantar é uma complicação. Só não tomo a tal viagra. Temendo o meu futuro. Só sirvo pra sapecar. Feito fogo no monturo. Danço,bebo,puxo fole. É melhor está vivo com o pau mole. Do que morto com o pau duro.
FILOSOFANDO.
O CAHACHACEIRO.
Se o mundo fosse de rosas E a gente não morrresse. O mar fosse de cachaça Eu queria ser um peixe.
O MAL PAGADOR.
Contas velhas Eu não pago As novas, eu deixo ficarem velhas.
CORNO CONFORMADO;
Prefiro comer filé com os amigos. A comer merda sozinho.
PREGUIÇOSO.
Pra que correr Se o final é a morte.
PESSIMISTA;
Se o mundo fosse bom O dono morava nele.
(Fonte - http://paneladarb.blogspot.com)

Centenário de Jorge Amado

O centenário de Jorge Amado, o contador de histórias
Houve um tempo em que os escritores brasileiros de ficção costumavam despertar paixão entre os leitores. Jorge Amado era um deles, possivelmente o que mais paixão provocava no grande público, num grupo que incluía Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, entre outros. Esse tempo acabou. Hoje, a relação dos brasileiros com seus autores contemporâneos é de outra ordem.
"Assistimos a um momento em que não há mais a mesma paixão"
, reconhece o poeta Alberto da Costa e Silva, representante da Academia Brasileira de Letras (ABL) na comissão que organiza as atividades do centenário de Amado, que nasceu em 9 de agosto de 1912, em Ferradas, na região cacaueira do sul da Bahia.
Nessa comemoração, o Brasil vai reviver a antiga paixão
por meio de uma série de atividades que lembrarão o escritor. A começar pelo Carnaval da Bahia e do Rio, nos quais personagens amadianos vão protagonizar eventos populares que trarão novamente à cena as tramas pitorescas que, quando lançadas, atraíam milhares de pessoas ávidas para lê-las.
A Rede Globo prepara a readaptação de "Gabriela, Cravo e Canela"
e o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, vai inaugurar neste primeiro semestre uma grande exposição sobre o autor. De vários países, chegam à família Amado propostas de homenagens que se pretende prestar a ele.
Um escritor de ficção só atinge seu grande momento
junto ao público quando cria grandes personagens, observa Costa e Silva: "Jorge Amado foi mestre nisso, com personagens inesquecíveis". E esta peculiaridade: além dos protagonistas, seus romances se apoiam "numa multidão de outros personagens, coadjuvantes do maior interesse".
A obra de Amado já foi traduzida para 48 idiomas, em 54 países
, segundo dados da Fundação Casa de Jorge Amado. As reedições realizadas desde 2008 pela Companhia das Letras, que já publicou 37 títulos do autor, venderam 240 mil exemplares em livrarias, sem contar encomendas de governo.
(7.01.2012) ...
(Fonte – leia matéria completa no site http://www.vermelho.org.br)