terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

História de vida ( e não estória de pescador)

Grande Gainha, um herói dos mares!
Orlando Dias da Silva, mais conhecido como Gainha, é um antigo pescador e morador da Praia do Diogo, localizada a 3 km da Praia das Fontes, município de Beberibe/Litoral Leste cearense, onde é proprietário da “Barraca do Orlando e Família”.
Pescador profissional desde os 20 anos, exerceu a profissão até os 32 anos quando viveu a experiência mais dramática de sua vida.
Ele e dois outros pescadores, Raimundo e Evandro, um deles irmão e o outro cunhado, saíram para pescar, como era de costume.
Fizeram o trajeto costumeiro e já haviam obtido uma boa quantidade de pescado, dentre eles 20 quilos de lagosta, quando sobreveio uma tempestade em alto mar.

Resultado: o vento rasgou a vela da pequena jangada e eles ficaram à deriva, durante intermináveis 7 dias.
Foram dias de muito sofrimento, vestidos só com a roupa do corpo, sob o sol escaldante durante o dia, frio intenso durante as noites, muita chuva e vento gelado que rachava os lábios e castigava a pele.
À noite jogavam a âncora para que pudessem dormir e durante o dia claro, deixavam-se levar pelas ondas do mar.
A alimentação consistia em peixes, farinha de mandioca e água potável bem racionada.
A comunidade se mobilizou, pediu socorro às autoridades, mas as buscas resultaram infrutíferas.
Já os pescadores oraram muito, confiaram em Deus e não perderam a fé: um belo dia chegaram na Praia da Caponga, na cidade de Cascavel, a cerca de 20 km da Praia do Diogo/Praia das Fontes.
Foram recebidos com festa quando retornaram para casa e passaram algum tempo tratando da saúde.
O fato ocorreu em 1977 e foi notícia veiculada nos maiores meios de comunicação do nosso país.
Atualmente, Gainha desistiu da pesca e trabalha na sua barraca muito bem localizada na praia do Diogo e é um feliz proprietário.
Ali serve pratos regionais muito saborosos e apreciados pelos turistas, cerveja gelada, água de côco, além de contar muitos “causos”.
Sua clientela inclui seu amigo particular Raimundo Fagner, o grande cantor cearense, que de vez em quando chega sem se anunciar, senta no banco, puxa a viola, toca, canta e faz show particular para seus amigos. Isso é história de vida e não estória de pescador.
Grande Gainha, um herói dos mares!

Na foto, com minhas amigas Katiucia Santos e Ritinha de Acaraú.

Curiosidade - como surgiu o docinho "brigadeiro".


Logo após a Segunda Guerra, ainda sob o clima de ‘esforço de guerra’ algumas mulheres voluntárias da Capital Federal, inventaram um doce delicioso que trazia a novidade de não ser feito com ovos, leite e açúcar. Estes ingredientes estavam racionados, em falta ou quase não existiam no mercado, por isso as voluntárias ‘doceiras’ procuravam alternativas de doces para as festinhas de aniversário, casamentos, etc. A mistura de leite condensado com chocolate em pó foi um sucesso e, por sua ‘doçura’, recebeu o nome de brigadeiro, uma homenagem ao candidato - em 1946 - à Presidência da República Eduardo Gomes que, segundo elas era, além de muito bonito, ‘um doce’ de pessoa.

Os homens, enciumados e maliciosos como sempre, deram outra versão para o nome do novo doce. Nela não cabem beleza nem doçura. O nome brigadeiro seria uma referência exclusiva à ‘ausência de ovos’, já que o brigadeiro Eduardo Gomes - diz a lenda - teria sido ferido e perdido os testículos atingidos por estilhaços de granada em 1922 durante o levante militar “Os 18 do Forte” em Copacabana no Rio de Janeiro.
(Fonte - Asas Sonoras/Facebbok)